3.6.03

DIÁRIO DE VIAGEM
MACEIÓ 2003
Terceira parte - Terça, 20 de maio.


Vista do hotel Meliá Maceió da praia de Jatiúca.



No dia seguinte, já fazia contas pra saber quanto custaria voltar pra Maceió na alta temporada...

No café da manhã, ouço pelo auto-falante que minha presença estava sendo solicitada na recepção: era a Goretti, da agência de viagens que viera nos buscar para o passeio que eu havia cancelado na tarde anterior. Sim, o sujeito da "la garantía soy yo" não informara para a guia que eu não iria para o passeio. O único para o Litoral Norte que a agência faria naquela semana... Tive que pedir mil desculpas etc etc etc. Bom, mas eu avisei. Se o espanhol - que eu desconfio mesmo é que era paraguaio - é que não dera o recado.

O que fazer então? Fomos passear na orla de Maceió. Ali mesmo, em frente ao hotel na praia de Jatiúca. Levei o meu pimpolho para passear na areia. No começo, ele estava relutante, toda hora avisava que o pé estava "sujo". Mas depois começamos a correr e eu nunca vi o moleque tão feliz, tão à vontade. Ficamos perto de um quiosque em que o hotel deixa cadeiras e guarda-sóis para os hóspedes. Pedi logo três Brahmas extras, que vieram num baldinho. O tempo estava mais ou menos. Mas o vento era bom. Instantes depois, se aproximara da Mônica um sujeito meio gago oferecendo uma série de passeios. Naquele mesmo dia, à tarde, sairia uma van rumo às nove ilhas. Não, ficaria muito pesado para o Rafael. Então, como a patroa dera grandes sinais de melhora, decidimos fazer o passeio do dia seguinte, aquele que a agência não faria mais: Litoral Norte. A Sprinter passaria às 8:20 na recepeção do hotel. Um horário bem razoável ainda mais para um preguiçoso como eu.

Deste dia em diante, a comida do Rafael passou a ser feita pelo sub-chefe da cozinha, o Reginaldo. Ele é a cara do Chico César. Mas sem o abacaxi de pêlo na cabeça.

Vocês podem me perguntar, a respeito do Rafael na praia por que ele estava tão feliz. É que apesar de morarmos no Rio, nunca tínhamos levado o rapazinho para ver o mar. Pra falar a verdade, eu não gosto muito de ir à praia no Rio. Mas como eu li "A vida do bebê", fiquei sabendo também que a idade ideal para se levar uma criança à praia pela primeira vez é com 1 ano e meio.

Enquanto a patroa levava o bacurinho para almoçar, resolvi ficar no bar da piscina. Lá, conheci Cícero, o garçom, a quem fui logo pedindo uma caipirinha.

- Cachaça ou vodka?

- Cachaça, é claro!

O placar estava começando a virar ao meu favor. A caipirinha estava ótima e o papo também. Fiquei sabendo, entre outras coisas, que o CSA, tradicional clube da capital, vai disputar a Série B do Campeonato Alagoano. Isso prar mim foi um choque, não só poresta queda infame como também por sequer conseguir imaginar o que seja a Série B alagoana. Também descobri que, ao contrário do PT, eles gostam da Heloísa Helena. E o principal: PC Farias tem dois irmãos honestos! Sim, dois irmãos que trabalham decentemente!

Mandei ver mais cervejas e consegui tirar um bom cochilo na suíte logo depois do almoço. Mas o tempo parecia não querer nos ajudar em relação aos passeios. Choveu à noite e o vento parecia mais frio. Sem dúvida, ele estava piorando. O céu, totalmente encoberto. Só restava torcer para que tudo estivesse diferente na manhã seguinte...

FIM DO CAPÍTULO 3





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