29.5.03


Vista da suíte 525 do Meliá,
onde Persegonha e família ficaram hospedados.


DIÁRIO DE VIAGEM
MACEIÓ 2003
Primeira parte - Domingo, 18 de maio de 2003.

O dia da viagem.

Na última semana antes do vôo, Mônica pegou uma infeccção na garganta e Rafael contraiu uma laringite. Estranhei o comportamento da minha mulher, sempre serelepe quando o assunto é viagem. Estava macambúzia, banza, parecia mais preparada para um enterro.

Mesmo com 2 a 0 contra no placar, partimos para Maceió. E mal sabia que levaria o terceiro gol ao chegar lá: o tempo estava chuvoso. Como isso para mim não era novidade em relação ao Nordeste, caguei. Afinal, em outras ocasiões, havia chegado com chuva e, no decorrer da estadia, o sol sempre triunfava!

O vôo foi tranqüilo. Nunca me senti tão bem dentro de um avião, apesar de não gostar de viajar num troço que é mais pesado que o ar, cujo motor é movido a explosão e que sacoleja a 10 mil pés de altura.

Em Maceió, fomos recebidos pela simpática Shirley. Ela nos disse que os passeios da agência começavam cedo porque o sol nascia por volta das 5 da manhã e se punha às 5 da tarde.

Pensei:

- Caô! Passeio de agência é sempre de madrugada e eu não tô aqui pra acordar 6 da matina.

No dia seguinte, partiríamos para o City Tour. E em seguida, iríamos para as praias do Litoral Sul. City Tour é aquele passeio onde você conhece a cidade sem sair do ônibus ou da van. A guia fica explicando o que é o quê e você fica fazendo "oohh" e "aahh". Enfim, uma merda totalmente dispensável. Se você quiser conhecer a cidade pegue um táxi e vá a luta. Ainda mais se você quiser conhecer algo a mais na cidade.

Assim que chegamos ao Meliá, nosso hotel, e que demos uma meia arrumada nas malas e bolsas, Mônica foi fazer compras para fazer a comida do Rafael. Ele não pode comer qualquer comida. Não meu filho não é judeu e muito menos muçulmano. Ele é só alérgico, mas isso implica cuidados na sua dieta. Por exemplo, leite de vaca nem pensar. Ficamos então nós dois no quarto. Eu e meu furacãozinho que percebeu que ali tudo era novidade e saiu mexendo em tudo. Papaizinho abriu o frigobar, sacou uma latinha de Brahma e ficou correndo atrás de seu pequeno Átila que, não contente, resolveu aumentar o placar contra mim para 4 a 0: deu uma senhora cagada. E lá fui eu limpar o seu fiofó. Hoje em dia, me saio até bem desta incumbência, mas no começo isso era motivo para pânico, calafrios, sangue, suor e lágrimas.

Mônica voltou. E já com a comida do Rafael pronta graças ao restaurante Cozinha Velha, que ficava perto do hotel e fora uma indicação do motorista da van que fizera o nosso traslado, o Clodoaldo. A esta altura, a garganta da patroa ainda a incomodava.

Desci com o Rafael para a janta enquanto Mônica acabava de arrumar umas coisas. Apanhei um pouco do cartão magnético que acionava o elevador e abria a porta da nossa suíte. É, lá não se usa mais o antiquado conceito de chave.

Como ganhara um drinque de cortesia, fui até o restaurante japonês que ficava no saguão do hotel e me deliciei com uma saborosa caipirinha. Bom, bebida di grátis é gol. Então o jogo estava 4 a 1. O cardápio do restaurante do hotel, que ficava do outro lado de suas instalações, indicava que aquela seria a noite japonesa. E seria repleta de yakissoba, sushi etc, enfim, tudo aquilo que eu detesto. Quando pensei que o placar aumentaria para 5 a 1, eis que encontrei um delicioso frango xadrez. Delicioso! Estupendo! Magnífico! Considerei outro gol meu: 4 a 2.

Depois de pelejarmos com Rafael, que mexia com todo mundo no hotel, fomos dar uma volta no Cheiro da Terra, umas das 3 milhões de feiras de artesanato de Maceió que ficava a poucos metros o hotel. Apesar do tempo encoberto, o vento estava quente e agradável. Nada melhor para o nosso sagaz pimpolho. Mas ao voltarmos para o sacrossanto recesso de nossa suíte, bom, a Mônica avisou que, além da garganta (que nem o antibiótico parecia ter aliviado), seu corpo também estava doendo...

FIM DO CAPÍTULO 1





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