30.5.03
DIÁRIO DE VIAGEM
MACEIÓ 2003
Segunda parte - Segunda, 19 de maio.
A goleada impiedosa aumentava. Abortamos o City Tour e o passeio ao Litoral Sul. Fomos almoçar no Cozinha Velha, onde a comida do Rafael estava sendo feita.
Um saboroso bacalhau ao Zé do Pipo me deu uma sensação de ter marcado um golzinho de honra. Até a dor de garganta da patroa tinha diminuído.
Enquanto isso, o tempo continuava a ficar naquele detestável "vai-não-vai". Uma hora chovia, noutra parava.
Assim que voltamos do almoço, a bomba: a dor de garganta da patroa e a sua dor no corpo tinham aumentado. Não restava solução para ela a não ir ao médico. Fiquei pelo segundo dia consecutivo preso no quarto de hotel. Ao lado do meu pimpolho, dormimos profundamente durante a tarde até que ela chegou: virose, decretara o médico.
A virose é uma espécie de talismã da medicina moderna. É geralmente o que salva os médicos de dizer que não sabem o que nós temos.
O telefone tocou. Era Goretti, da agência de viagens. Ela queria saber se iríamos ao passeio do Litoral Norte (Paripueira e Sonho Verde). Respondi que sim. E desliguei o telefone.
- Mas como é que nós vamos comigo desse jeito?
Era verdade. Marcara sem saber se Mônica poderia ir ou não. Na verdade, nutria uma pálida esperança de que a sua dor de gargante melhorasse durante a madrugada. Mas resolvi ligar pra agência:
- A Goretti no está.
- É que eu gostaria de desmarcar um passeio...
- Puede dejar. Yo hablo con ella.
Só faltou o sujeito dizer que "la garantía soy yo".
Descemos pra jantar. Rafael estava encantado com as pontes de madeira sobre a piscina. Queria passar por elas o tempo todo. Subimos. Fui dormir. Puto. O placar se dilatava e apontava humilhantes 6 a 3.
Comecei a me sentir um Chevy Chase numa de suas férias frustradas. Não sei o que é pior: ter férias frustradas ou se sentir um Chevy Chase.
MACEIÓ 2003
Segunda parte - Segunda, 19 de maio.
Rafael admirando o mar, debruçado
sobre uma das varandas de nossa suíte.
sobre uma das varandas de nossa suíte.
A goleada impiedosa aumentava. Abortamos o City Tour e o passeio ao Litoral Sul. Fomos almoçar no Cozinha Velha, onde a comida do Rafael estava sendo feita.
Um saboroso bacalhau ao Zé do Pipo me deu uma sensação de ter marcado um golzinho de honra. Até a dor de garganta da patroa tinha diminuído.
Enquanto isso, o tempo continuava a ficar naquele detestável "vai-não-vai". Uma hora chovia, noutra parava.
Assim que voltamos do almoço, a bomba: a dor de garganta da patroa e a sua dor no corpo tinham aumentado. Não restava solução para ela a não ir ao médico. Fiquei pelo segundo dia consecutivo preso no quarto de hotel. Ao lado do meu pimpolho, dormimos profundamente durante a tarde até que ela chegou: virose, decretara o médico.
A virose é uma espécie de talismã da medicina moderna. É geralmente o que salva os médicos de dizer que não sabem o que nós temos.
O telefone tocou. Era Goretti, da agência de viagens. Ela queria saber se iríamos ao passeio do Litoral Norte (Paripueira e Sonho Verde). Respondi que sim. E desliguei o telefone.
- Mas como é que nós vamos comigo desse jeito?
Era verdade. Marcara sem saber se Mônica poderia ir ou não. Na verdade, nutria uma pálida esperança de que a sua dor de gargante melhorasse durante a madrugada. Mas resolvi ligar pra agência:
- A Goretti no está.
- É que eu gostaria de desmarcar um passeio...
- Puede dejar. Yo hablo con ella.
Só faltou o sujeito dizer que "la garantía soy yo".
Descemos pra jantar. Rafael estava encantado com as pontes de madeira sobre a piscina. Queria passar por elas o tempo todo. Subimos. Fui dormir. Puto. O placar se dilatava e apontava humilhantes 6 a 3.
Comecei a me sentir um Chevy Chase numa de suas férias frustradas. Não sei o que é pior: ter férias frustradas ou se sentir um Chevy Chase.
FIM DO CAPÍTULO 2.
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