13.4.03

Trecho da coluna de Leo Jaime, em No mínimo:

O campeonato brasileiro começou e os pontos já estão correndo. Campeonato longo esse. Essa é a principal justificativa para que a fórmula dos pontos corridos seja a escolhida por grande parte da mídia e até dos clubes envolvidos no evento. Diferente de um torneio em que um time que está vivendo um bom momento supera um outro de melhor retrospecto, o campeonato por pontos corridos quer premiar o melhor elenco, a melhor trajetória, sem o improviso do destino a mudar coroas de lugar. Sem surpresas e sem injustiças. Aí é que reside o problema. Como diz um amigo: futebol é sobretudo injustiça.

O futebol é interessante em muitos aspectos, evidente, mas nada é mais charmoso do que a possibilidade do pequeno bater no grande, do baixinho superar o gigante, do pobre vencer o rico. No futebol isso acontece o tempo todo e torna a coisa mais apaixonante e democrática.


Não, Leo! Deixemos a injustiça para a Copa do Brasil, cuja fórmula de disputa foi feita exatamente para isso: cometer injustiças. Eu quero que a justiça prevaleça, pelo menos uma vez, no Nacional.

Aliás, quanto à Copa do Brasil eu iria até mais fundo: jogos só de ida! Mando de campo: sorteio. Perdeu, babau! Empatou? Prorrogação. Empatou de novo: pênalti.

Ao que me consta, a Liga dos Campeões da Europa alterou a sua fórmula de disputa exatamente para acabar com "injustiças". Não há mais nenhuma chance de um Steaua ou um Estrela Vermelha, por exemplo, ganharem a principal competição interclubes européia depois que o mata-mata puro e simples foi abolido nas primeiras fases. Só chega bicho-papão. Pois é, lá nas Oropas, eles espantam as zebras. Aqui, tem gente querendo alimentá-las.

Entretanto, não sou um xiita dos pontos corridos. Até concordo com a fórmula de disputa que Leo sugere no final do seu artigo. Mas acho que deveríamos adotar os pontos corridos por um prazo mínimo de 5 anos. Porém, desde que o número de clubes seja reduzido (18 está de bom tamanho, 16 é o ideal), mais clubes caiam, mais clubes subam e o Brasileirão dê mais vagas na Libertadores. Para isso, basta que a CBF exija mais vagas para times nacionais na competição atualmente recheada de Libertad, Wilstermann e Fenix da vida...





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