9.4.03
Outra de ônibus: o velho 485 (Penha-Gal. Osório) depois das 9 da manhã, passa obrigatoriamente pela Ilha do Fundão, onde se localiza a Cidade Universitária aqui no Rio. Só que no visor digital do buzum estava escrito com todas as letras: VIA AVENIDA BRASIL.
"Deve ser por causa dos pipocos de ontem à noite na favela do Pinheiro", pensei.
Até perguntei pra trocadora se era mesmo via Avenida Brasil, o que torna a viagem meia hora mais rápida. Ela disse que não: lá na frente tá errado. É via Fundão.
"Isso vai dar merda", pensei.
Não deu outra: quando o ônibus tomou o rumo do Fundão, neguinho começou a reclamar.
"Porra, lá fora tá escrito que é Brasil!"
Claro: ninguém é obrigado a entrar no ônibus para saber o seu itinerário. Isso é coisa de português, que aliás, é quem controla a maioria das empresas muquiranas de ônibus da cidade. Se está escrito "Avenida Brasil", você vai supor que ele vai pela... Brasil... Lógico, não? Não, pra trocadora o sujeito tem que entrar no veículo, perguntar o itinerário, descobrir que subiu à toa e pedir pro motorista abrir a porta, coisa que ele só vai fazer no próximo ponto ou depois que o trocador bater irritantemente com uma moedinha num dos ferros do carro.
Sem alternativa, o piloto teve que ir pela Brasil. E ainda foi desaforado: numa discussão, mandou um dos passageiros se fuder, tomar dentro e o escambau. Aí fui eu que não resisti:
- Se eu fosse você não deixava esse sujeito falar assim com você não. Você é um consumidor e não pagou passagem pra ouvir desaforo! (Adoro botar lenha na fogueira...)
Pois é, ainda vem o Sindicato das Empresas de Ônibus encher o seu, o nosso saco e reclamar dos transportes alternativos (com o qual eu também não concordo), dizendo que são eles que não respeitam os passageiros.
Esse é o transporte público do Rio de Janeiro.
"Deve ser por causa dos pipocos de ontem à noite na favela do Pinheiro", pensei.
Até perguntei pra trocadora se era mesmo via Avenida Brasil, o que torna a viagem meia hora mais rápida. Ela disse que não: lá na frente tá errado. É via Fundão.
"Isso vai dar merda", pensei.
Não deu outra: quando o ônibus tomou o rumo do Fundão, neguinho começou a reclamar.
"Porra, lá fora tá escrito que é Brasil!"
Claro: ninguém é obrigado a entrar no ônibus para saber o seu itinerário. Isso é coisa de português, que aliás, é quem controla a maioria das empresas muquiranas de ônibus da cidade. Se está escrito "Avenida Brasil", você vai supor que ele vai pela... Brasil... Lógico, não? Não, pra trocadora o sujeito tem que entrar no veículo, perguntar o itinerário, descobrir que subiu à toa e pedir pro motorista abrir a porta, coisa que ele só vai fazer no próximo ponto ou depois que o trocador bater irritantemente com uma moedinha num dos ferros do carro.
Sem alternativa, o piloto teve que ir pela Brasil. E ainda foi desaforado: numa discussão, mandou um dos passageiros se fuder, tomar dentro e o escambau. Aí fui eu que não resisti:
- Se eu fosse você não deixava esse sujeito falar assim com você não. Você é um consumidor e não pagou passagem pra ouvir desaforo! (Adoro botar lenha na fogueira...)
Pois é, ainda vem o Sindicato das Empresas de Ônibus encher o seu, o nosso saco e reclamar dos transportes alternativos (com o qual eu também não concordo), dizendo que são eles que não respeitam os passageiros.
Esse é o transporte público do Rio de Janeiro.
Assinar Postagens [Atom]