22.4.03

Considerações sobre "O livro dos espíritos":

Certa feita, num programa de TV, Carlos Heitor Cony tentou provar aritmeticamente a impossibilidade da reencarnação pregada pelo espiritismo. Certamente ele não leu uma linha do livro que ora me ocupa. Os espíritos, segundo a obra, foram criados antes. Muitos, milhares e não para habitarem apenas a Terra. Sim, porque para os "espíritos" que ditaram o livro, existem muitos mundos habitados pelo Universo a fora. Não é o nosso planeta o único contemplado com a vida. Outra coisa: a conta de Cony partia do princípio que Adão teria sido o primeiro homem. Mas no "Livro dos espíritos" vemos que os espíritas tratam a história de Adão como uma fábula. Novamente os "espíritos" dizem que a vida humana começou em vários pontos do globo, indistintamente. Portanto, cai por terra a aritmética da reencarnação. Até porque você pode reencarnar em outro planeta (mais ou menos evoluído de acordo com a sua necessidade de "purificação).

Não estou defendendo o espiritismo. Até porque os espíritos dizem que há vida em Marte e Júpiter. Bom, falar isso no século XIX quando se achava que o homem nunca iria para o espaço é muito fácil. No entanto, o que não me ficou claro é se estes seriam "estações de repouso", ou seja, se lá estaria uma "base" para almas, uma civilização invisível, mas aí já é muita metafísica pro meu gosto e isso, do lado dos espíritas, carece de uma boa explicação...

Um pouco mais além, Allan Kardec explica com todas as letras que a sua Doutrina Espírita não tem a pretensão de ser original. E avisa que Pitágoras foi uma espécie de "pré-codificador" do espiritismo. Não houve cópia ou roubo da idéia dos outros. Houve sim uma retomada daquilo que já foi intuído na Antigüidade...

É isso. Ou não.





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