27.3.03

Prometo voltar a Brasília numa situação mais tranqüila, pra passear e rever, como cheguei a rever ontem, pessoas que fizeram parte da minha infância. Aliás, voltar a Brasília, que fez parte da minha infância, voltar pra cidade que tem um pedaço da minha vida nas mãos.

Voltar para brincar, para sorrir, para ver a Quadra 905 do Cruzeiro Novo onde morei sete anos. Voltar e não ver o campo onde eu jogava as minhas peladas, o campo que não existe mais e ver o que está em seu lugar. O campo onde, certa vez, bati uma falta. Que entrou no ângulo.

Ver o colégio onde tive o meu primeiro contato com as letras e brinquei com meus amigos. Ah, sim, e onde conheci a Andréa, linda moreninha de olhos verdes, alvo de cobiça de todos os moleques da turma, menos do Carlos Ernâni, que não via nada demais nela...

Voltar para Brasília, mas desta vez pra me divertir. E também pra tomar, com calma, um uísque com água de coco, do jeito que o meu padrinho gostava.

E sujar meu tênis de novo com o seu barro. E ver os monumentos que me encantavam.

E resgatar, nem que seja pela esmola de alguns segundos, o que era uma vida sem preocupações, sem sobressaltos, sem mortificações. A vida apenas. Como deve ser. A vida.





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