30.3.03
COMENTANDO OS COMENTÁRIOS:
É claro que um assunto como o das penas mais duras para os TRAFICANTES que horrorizam essa cidade poderia causar polêmica. E pontos de vista contrários, claro, ninguém é obrigado a concordar com todo mundo. E não se iludam: o problema HOJE é do Rio de Janeiro, mas se providências não forem tomadas urgentemente, será do país inteiro.
A opinião de Feliciano Maduro DEVE ser respeitada. Até porque gosto muito da frase atribuída a Voltaire: "Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo." Mas não posso deixar de tecer algumas consideraçãoes:
Esse artigo é, além de tecnicamente impraticável, meio que medieval.
Sim, se levarmos em consideração o atual Código Penal. Medieval, no entanto, seria um exagero do leitor. Não se fala em calabouços, em queimar bandidos, em empalá-los. Fala-se tão-somente num enclausuramento. Não de ladrões de galinhas, de estelionatários ou de batedores de carteira. Mas de TRAFICANTES DE DROGAS. De pessoas que desafiam a autoridade do poder constituído motivados justamente pelas brandas leis hipócritas que consideram este tipo de gente como COITADO. Não é coitado! É bandido!
Algumas das sugestões do autor beira (sic) o facismo, de tão totalitário e desrespeitoso aos direitos humanos. O estado tem por obrigação respeitar o direito internacional, os direitos humanos (de qualquer humano) e servir a seus cidadãos, de modo a permitir-lhes livre acesso, livre arbítrio e liberdade de pensamento.
Calma, Feliciano! Ninguém aqui defende tortura de preso, espancamento de bandido, nem o simples ato de prender por prender. Estamos falando de indivíduos que NÃO POSSUEM O MENOR RESPEITO PELA VIDA HUMANA. E esse papo de direitos humanos é muito bom pro senhor Rubem César Fernandes aparecer na TV. Direitos humanos a um Fernandinho Beira-Mar PRA MIM limitam-se a : não espancá-lo e não humilhá-lo. Engraçado isso: NÃO VI E NEM VOU VER PASSEATAS A FAVOR DOS DIREITOS HUMANOS DAS VÍTIMAS INOCENTES DE BALAS PERDIDAS.
Aquele que tem seu direito a liberdade cassado, deve ter respeitado alguns princípios, que já não se enxerga no Brasil. Nosso sistema penal prevê a recuperação do indivíduo, por isso das penas mais brandas.
Não tenho procuração de Helio Fernandes para "defendê-lo". Mas cassação é com ele mesmo! Foi perseguido brutalmente pela ditadura militar. E não tem rabo preso com ninguém, caso raro no jornalismo amestrado de hoje em dia. Prosseguindo: por favor, Feliciano: diga pra mim, com todo o respeito, do fundo do seu coração: VOCÊ ACREDITA REALMENTE QUE LUIZ FERNANDO DA COSTA TEM RECUPERAÇÃO? VOCÊ ACREDITA NA BONDADE INATA DO HOMEM, como um Rousseau? VOCÊ ACREDITA NA TEORIA DO BRASILEIRO CORDIAL? Faça-me o favor! Esta é uma situação de emergência! Moro a poucos metros da Vila Cruzeiro, a favela onde Tim Lopes foi brutalmente assassinado! Acreditar na recuperação de um Elias Maluco?
Cito como exemplo a situação da Itália: lá não havia pena de morte. Não havia até 1978, quando uma série de atentados das Brigadas Vermelhas, grupo terrorista de esquerda, começou a abalar o país. Atentados e seqüestros. O ponto culminante das suasações foi o seqüestro e assassinato de Aldo Moro, o primeiro-ministro do país.
O que fez o governo da Itália naquela situação desesperadora e COM O APOIO DA OPINIÃO PÚBLICA: aprovou imediatamente o bloqueio dos bens das pessoas seqüestradas. Acabava-se com isso com a fonte de arrecadação dos terroristas. Em segundo lugar, APROVARAM A PENA DE MORTE PARA TERRORISTAS. Poucos anos depois, as Brigadas Vermelhas entregaram os pontos. E o que fez o Governo? Aboliu a pena de morte. Já não era mais necessária. Sou contra a pena de morte, entretanto. Estou apenas expondo que, numa situação de emergência, o governo tem que mostrar a que veio. E não ficar com essa "retórica humanista" pra defender facínora.
Não quero que daqui há 3 anos tenham bombas explodindo no Largo da Carioca. Alguma coisa SÉRIA precisa ser feita.
O que se deve então é torná-las mais duras, sem desrespeitar direitos humnitários básicos. Deve-se sequestrar os bens dos marginais; numerário e bens imóveis que tenham sido adquiridos sem comprovação de origem.
Até aí, tudo bem.
Remunerar adequadamente, treinar melhor e selecionar melhor nossas polícias, que devem ter comando unificado.
Até aí, tudo bem 2, a missão! Mas por enquanto, é utopia.
Não existe formula mágica como a do autor, que jogaria o Brasil ao lado do regime do taleban em matéria de respeito aos direitos humanos.
Não é fórmula mágica. Basta alterar o Código Penal. E o regime taleban, Feliciano, convenhamos, é muito diferente, não é não? Hipérboles não ajudam muito. No taleban, mulheres não podem estudar, todo mundo tem que usar barba... Acredito que chegaríamos, no máximo, a uns EUA: traficantes de droga ficam num cubículo 23 horas por dia, com direito a uma hora de banho de sol. E lá, não vemos os defensores dos direitos humanos fazendo passeatas para se acabar com esta "falta de respeito contra bandidos coitados".
É isso.
É claro que um assunto como o das penas mais duras para os TRAFICANTES que horrorizam essa cidade poderia causar polêmica. E pontos de vista contrários, claro, ninguém é obrigado a concordar com todo mundo. E não se iludam: o problema HOJE é do Rio de Janeiro, mas se providências não forem tomadas urgentemente, será do país inteiro.
A opinião de Feliciano Maduro DEVE ser respeitada. Até porque gosto muito da frase atribuída a Voltaire: "Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo." Mas não posso deixar de tecer algumas consideraçãoes:
Esse artigo é, além de tecnicamente impraticável, meio que medieval.
Sim, se levarmos em consideração o atual Código Penal. Medieval, no entanto, seria um exagero do leitor. Não se fala em calabouços, em queimar bandidos, em empalá-los. Fala-se tão-somente num enclausuramento. Não de ladrões de galinhas, de estelionatários ou de batedores de carteira. Mas de TRAFICANTES DE DROGAS. De pessoas que desafiam a autoridade do poder constituído motivados justamente pelas brandas leis hipócritas que consideram este tipo de gente como COITADO. Não é coitado! É bandido!
Algumas das sugestões do autor beira (sic) o facismo, de tão totalitário e desrespeitoso aos direitos humanos. O estado tem por obrigação respeitar o direito internacional, os direitos humanos (de qualquer humano) e servir a seus cidadãos, de modo a permitir-lhes livre acesso, livre arbítrio e liberdade de pensamento.
Calma, Feliciano! Ninguém aqui defende tortura de preso, espancamento de bandido, nem o simples ato de prender por prender. Estamos falando de indivíduos que NÃO POSSUEM O MENOR RESPEITO PELA VIDA HUMANA. E esse papo de direitos humanos é muito bom pro senhor Rubem César Fernandes aparecer na TV. Direitos humanos a um Fernandinho Beira-Mar PRA MIM limitam-se a : não espancá-lo e não humilhá-lo. Engraçado isso: NÃO VI E NEM VOU VER PASSEATAS A FAVOR DOS DIREITOS HUMANOS DAS VÍTIMAS INOCENTES DE BALAS PERDIDAS.
Aquele que tem seu direito a liberdade cassado, deve ter respeitado alguns princípios, que já não se enxerga no Brasil. Nosso sistema penal prevê a recuperação do indivíduo, por isso das penas mais brandas.
Não tenho procuração de Helio Fernandes para "defendê-lo". Mas cassação é com ele mesmo! Foi perseguido brutalmente pela ditadura militar. E não tem rabo preso com ninguém, caso raro no jornalismo amestrado de hoje em dia. Prosseguindo: por favor, Feliciano: diga pra mim, com todo o respeito, do fundo do seu coração: VOCÊ ACREDITA REALMENTE QUE LUIZ FERNANDO DA COSTA TEM RECUPERAÇÃO? VOCÊ ACREDITA NA BONDADE INATA DO HOMEM, como um Rousseau? VOCÊ ACREDITA NA TEORIA DO BRASILEIRO CORDIAL? Faça-me o favor! Esta é uma situação de emergência! Moro a poucos metros da Vila Cruzeiro, a favela onde Tim Lopes foi brutalmente assassinado! Acreditar na recuperação de um Elias Maluco?
Cito como exemplo a situação da Itália: lá não havia pena de morte. Não havia até 1978, quando uma série de atentados das Brigadas Vermelhas, grupo terrorista de esquerda, começou a abalar o país. Atentados e seqüestros. O ponto culminante das suasações foi o seqüestro e assassinato de Aldo Moro, o primeiro-ministro do país.
O que fez o governo da Itália naquela situação desesperadora e COM O APOIO DA OPINIÃO PÚBLICA: aprovou imediatamente o bloqueio dos bens das pessoas seqüestradas. Acabava-se com isso com a fonte de arrecadação dos terroristas. Em segundo lugar, APROVARAM A PENA DE MORTE PARA TERRORISTAS. Poucos anos depois, as Brigadas Vermelhas entregaram os pontos. E o que fez o Governo? Aboliu a pena de morte. Já não era mais necessária. Sou contra a pena de morte, entretanto. Estou apenas expondo que, numa situação de emergência, o governo tem que mostrar a que veio. E não ficar com essa "retórica humanista" pra defender facínora.
Não quero que daqui há 3 anos tenham bombas explodindo no Largo da Carioca. Alguma coisa SÉRIA precisa ser feita.
O que se deve então é torná-las mais duras, sem desrespeitar direitos humnitários básicos. Deve-se sequestrar os bens dos marginais; numerário e bens imóveis que tenham sido adquiridos sem comprovação de origem.
Até aí, tudo bem.
Remunerar adequadamente, treinar melhor e selecionar melhor nossas polícias, que devem ter comando unificado.
Até aí, tudo bem 2, a missão! Mas por enquanto, é utopia.
Não existe formula mágica como a do autor, que jogaria o Brasil ao lado do regime do taleban em matéria de respeito aos direitos humanos.
Não é fórmula mágica. Basta alterar o Código Penal. E o regime taleban, Feliciano, convenhamos, é muito diferente, não é não? Hipérboles não ajudam muito. No taleban, mulheres não podem estudar, todo mundo tem que usar barba... Acredito que chegaríamos, no máximo, a uns EUA: traficantes de droga ficam num cubículo 23 horas por dia, com direito a uma hora de banho de sol. E lá, não vemos os defensores dos direitos humanos fazendo passeatas para se acabar com esta "falta de respeito contra bandidos coitados".
É isso.
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