25.3.03

Bom, a Paula me pediu um parecer sobre "Insônia", de Graciliano Ramos. Numa palavra: denso. Mas também amargo, seco, meio sem esperança. Infelizmente, não sei em que ano foi escrito, mas me parece, de alguma forma, que a sua doença já estava diagnosticada. A eterna sombra da morte - que ora nos assusta e, sim!, ora nos acalma - está ali. Contudo Graciliano, desnecessário dizer, tem o dom da palavra. Mas pensando bem, isso talvez não tenha muito a ver com a tal doença que eu não gosto nem de falar o nome (descobri que Ivan Lessa me acompanha nesta superstição). Graciliano era assim. Mas pode ler, viu, dona Paula. É coisa de gente grande.





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