26.2.03

O Gravataí Merengue está me saindo um belo noveleiro. Nada contra, claro. Aliás, acho uma grande bobagem este preconceito contra as telenovelas brasileiras, uma das poucas coisas que deram certo neste país. É claro que elas já foram melhores. Não é nada agradável ficar sabendo, por exemplo, que, assim como os roteiristas dos "Normais", seu Manoel Carlos anda "colando" das sitcoms americanas. E o que é pior: todo mundo acha isso fantástico.

Não, os autores brasileiros têm muita criatividade, sim. Era incrível a capacidade que eles tinham, por exemplo, de driblar a censura na época da ditadura. Ou então, quando a milicada apertava o cerco, de dar guinadas sensacionais nas histórias. Podemos verificar isso em alguns livros muito bons, tais como "Memória da Telenovela Brasileira", de Ismael Fernandes, obra que cataloga TODAS as telenovelas brasileiras até 1997, data do falecimento do autor. E não é só dar o nome da novela e o do autor não: lá estão elenco e uma breve sinopse da história. Citemos também "Hollywood Brasileira", de Mauro Alencar, um "discípulo" de Ismael Fernandes. Para completar, Daniel Filho e o seu "Circo Eletrônico" com dicas, truques e quebra-galhos para quem quer se aventurar no maravilhoso mundo do faz-de-conta da telinha. Destaque para o capítulo em que ele analisa o primeiro capítulo de "Pecado capital", da "usineira de sonhos" Janete Clair. Uma aula de como deve ser um capítulo inicial de uma novela (em termos de texto). E o que é mais irritante: a forma extremamente simples de escrever de Janete. Não há como dizer após ler o capítulo: só podia dar certo mesmo.

Brevemente, publicarei uma lista com as cenas mais marcantes das novelas que assisti. E uma lista das melhores novelas de minha preferência...

Quem viver, lerá!!!





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Assinar Postagens [Atom]