15.1.03

Tanta coisa pra fazer neste país... Trabalho para mais de 50 anos...

Precisamos gerar empregos, mas a nossa urbanidade praticamente não nos permite pensá-los direito fora da indústria e do comércio. O que não está errado, mas não é totalmente certo.

Vejamos: recentemente em sua coluna, Helio Fernandes provou por A + B que podem ser gerados cerca de 5 milhões de empregos no ramo do turismo. Um país de dimensões continentais, o quinto maior do mundo seria tranqüilamente capaz de trabalhar nisso. Só que, como diz Ziraldo, não existe um outdoor sequer no exterior promovendo o Brasil. O que é um absurdo se pensarmos que a Colômbia faz uma propaganda ostensiva do seu principal produto lá fora, que é o café. O turismo poderia ser o nosso maior produto. Teríamos turistas, dinheiro, trabalho. Pularíamos de 300 mil para 5 milhões de pessoas que viveriam exclusivamente do turismo.

Para isso, é claro, a palavrinha mágica: INFRA-ESTRUTURA. E propaganda, que nossos antepassados nos mostraram que é a alma do negócio.

Mas não é só isso!!!

Temos muito mais o que pensar!!! Por exemplo: por que não investir maciçamente na construção de ferrovias? Não só ferrovias para escoar produção agrícola. Mas para realizarmos viagens mesmo, como na Europa. Os trens, além de serem um seguro meio de transporte, também são mais baratos. Integrar o país através das estradas de ferro. Seria uma boa idéia.

E também temos a reforma agrária. Antigamente (e até um pouquinho hoje em dia), a simples menção da reforma agrária fazia com que todos pensassem que você fosse um perigoso baderneiro comunista. Hoje em dia, isso mudou, apesar de algumas infelizes invasões do MST.

A reforma de que falo, porém, não é aquela simplesmente onde você coloca o sujeito num pedaço de terra e diz: "Aí, choque, agora é contigo mermo... Se vira." Não, assim não funciona. O que deve ser feito é dar o naco de terra pro sujeito e, paralelamente, construir escolas, hospitais, postos de saúde, financiar a compra de maquinaria. Algumas terras ficariam próximas às ferrovias. Os loteamentos precisam se transformar em "cidades", o que ajudaria a fixar essas pessoas em suas terras, junto com a sua família, não arriscando aventuras nos grandes centros, já inchados e incapazes de absorver mais mão-de-obra barata (o que fatalmente acabam se tornando). Esses assentamentos poderiam também absorver mão-de-obra qualificada. Médicos, engenheiros, micro-empresários, dinamizando economicamente a região.

O Governo deveria criar, sim, uma secretaria para ferrovias, outra para hidrovias, enfim, investir mais no óbvio... Acredito que poderíamos gerar, com estes investimentos, mais uns 5 milhões de empregos. Somando-se aos 5 milhões do turismo, teríamos 10 milhões. Não é mágica. É planejamento.

É isso aí. Votem em mim em 2014...





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