28.10.02
CURIOSIDADES SOBRE O SEGUNDO TURNO
Não sei quantas garrafas de Romanné-Conti o Duda Mendonça deu ao Nizan Guanaes, para embebedá-lo e abestalhá-lo. Mas Duda convenceu Nizan, que convenceu Serra e Fernando Henrique, de que, depois do primeiro turno, em vez de recomeçarem a campanha na TV e rádio 48 horas depois (4ª feira), como a lei autorizava, dispensariam a semana e só recomeçariam ontem (2ª). Em vez de três semanas de TV e rádio, só dez dias úteis.
Os dois, estupidificados, toparam. Tinham sido convencidos, pela obtusa assessoria dos motosserras José Anibal e Alberto Goldmann, e dos QIs de calango Lavareda e Jutahyzinho, de que, na primeira pesquisa do segundo turno, "Lula estaria no seu teto de 50% e Serra no seu teto de 40%". Indecisos e brancos, mais 10%. A diferença "seria tirada na campanha, TV e debates".
Domingo, Serra recebeu na testa dois tiros de canhão. O "Datafolha" mostrou Lula com 58% e Serra 32%. Só com os votos válidos, como o TSE soma, Lula já com 64% e Serra 36%. O Vox Populi veio ainda mais arrasador: Lula 60% e Serra 30%. Só com votos válidos, Lula 66% e Serra 33%.
Esses números significam que Lula subiu muito mais do que as pesquisas feitas no primeiro turno previam para ele no segundo. E Serra, que precisava avançar para tirar a diferença, em vez de subir, caiu. No dia 5 de outubro, véspera da eleição, o Datafolha previa que, no segundo turno, Lula teria 56% (saiu com 58%) e Serra teria 35% (está com 32%).
Ontem, com quase uma semana de atraso, começou o horário eleitoral. A vaca sem farda do PSDB já tinha ido para o brejo. E o boi à paisana do Planalto foi atrás. Como diz a música popular, aonde a vaca vai, o boi vai atrás. Serra e Fernando Henrique caíram no brejo.
Sebastião Nery, 15/10/2002, na Tribuna da Imprensa.
Não sei quantas garrafas de Romanné-Conti o Duda Mendonça deu ao Nizan Guanaes, para embebedá-lo e abestalhá-lo. Mas Duda convenceu Nizan, que convenceu Serra e Fernando Henrique, de que, depois do primeiro turno, em vez de recomeçarem a campanha na TV e rádio 48 horas depois (4ª feira), como a lei autorizava, dispensariam a semana e só recomeçariam ontem (2ª). Em vez de três semanas de TV e rádio, só dez dias úteis.
Os dois, estupidificados, toparam. Tinham sido convencidos, pela obtusa assessoria dos motosserras José Anibal e Alberto Goldmann, e dos QIs de calango Lavareda e Jutahyzinho, de que, na primeira pesquisa do segundo turno, "Lula estaria no seu teto de 50% e Serra no seu teto de 40%". Indecisos e brancos, mais 10%. A diferença "seria tirada na campanha, TV e debates".
Domingo, Serra recebeu na testa dois tiros de canhão. O "Datafolha" mostrou Lula com 58% e Serra 32%. Só com os votos válidos, como o TSE soma, Lula já com 64% e Serra 36%. O Vox Populi veio ainda mais arrasador: Lula 60% e Serra 30%. Só com votos válidos, Lula 66% e Serra 33%.
Esses números significam que Lula subiu muito mais do que as pesquisas feitas no primeiro turno previam para ele no segundo. E Serra, que precisava avançar para tirar a diferença, em vez de subir, caiu. No dia 5 de outubro, véspera da eleição, o Datafolha previa que, no segundo turno, Lula teria 56% (saiu com 58%) e Serra teria 35% (está com 32%).
Ontem, com quase uma semana de atraso, começou o horário eleitoral. A vaca sem farda do PSDB já tinha ido para o brejo. E o boi à paisana do Planalto foi atrás. Como diz a música popular, aonde a vaca vai, o boi vai atrás. Serra e Fernando Henrique caíram no brejo.
Sebastião Nery, 15/10/2002, na Tribuna da Imprensa.
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