11.7.02

"(...) Tudo em que pensava se resumia num só pensamento: a morte. A morte inevitável, fim de todas as coisas, surgia-lhe pela primeira vez como uma força invencível. (...) Estava nele próprio, sentia-o. Se não hoje, amanhã ou então daqui dentro de trinta anos. Porventura não era o mesmo? (...) 'Trabalho, procuro fazer alguma coisa, mas esqueço que tudo acaba, que existe a morte.' (...) Na realidade, esquecera-se de considerar um pequeno pormenor da vida: que a morte chegava e tudo acabaria, que não valia a pena empreender coisa alguma e que contra isso nada se podia fazer. Era terrível, mas assim mesmo. 'Porém, ainda estou vivo. O que devo fazer agora? Que devo fazer?'

(...)

'Até me esquecera mesmo de que existia a morte.'"
Liev Tolstói
Ana Karenina






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