17.6.02

"Pergunta se os seus versos são bons. Pergunta-o a mim depois de o ter perguntado a outras pessoas. (...) Pois bem - usando da licença que me deu de aconselhá-lo - peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer nesse momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar - ninguém. Não há senão um caminho. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: "Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, (...) então construa a sua vida de acordo com esta necessidade."
Rilke
Cartas a um jovem poeta





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