17.2.02

E em homenagem à minha avó, a maior perda de minha vida adulta (a da infância, claro, foi meu pai), um pequeno poema de Mário Quintana publicado anteriormente no BURRO FALANTE

"'Parece um sonho que ela tenha morrido!'
diziam todos... Sua viva imagem
tinha carne!... E ouvia-se, na aragem,
passar o frêmito do seu vestido...

E era como se ela houvesse partido
e logo fosse regressar da viagem...
- até que em nosso coração dorido
a Dor cravava o seu punhal selvagem!


Mas tua imagem, nosso amor, é agora
menos dos olhos, mais do coração.
Nossa saudade te sorri: não chora...


Mais perto estás de Deus, como um anjo querido.
E ao relembrar-te a gente diz, então:
'Parece um sonho que ela tenha vivido!'"

("Parece um sonho...", 1953)






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