1.2.02

Conheci Pierre em 1978. Logo em seguida, fui para Brasília e depois, Lorena. Voltei ao Rio em 1984 e caí novamente na turma dele no colégio. Amizade, quando é amizade mesmo, enfrenta este temível adversário que é o tempo. Ficamos mais amigos do que éramos. Lembro-me até hoje que caminhávamos pela rua e ele disse: "Só sei de uma coisa: ou vou estudar química ou tocar guitarra." Tínhamos 13 anos e já sabíamos muito bem o que seríamos "quando crescêssemos". Pierre fez vestibular pra Química, passou e não fez nem mestrado. Fez doutorado direto. Trabalhou com o grupo de um cientista que faturou o Nobel de Química em 1997 (se não me engano). Não digo estas coisas para "tirar onda", me vangloriar desta amizade. Mas tenho orgulho de ser seu amigo. Infelizmente, não temos mais o tempo que tínhamos para - junto com o Dudu, outro amigo nosso de infância - nos entupir de vinho e com a cabeça enevoada, traçarmos estratégias para conquistar as meninas da escola, para destrincharmos nossas dúvidas existenciais, nosso medo e fascínio diante do futuro. O que será de nós? Onde vai dar tudo isso? São mais de vinte anos de amizade, de alegrias, decepções, de festas e recolhimento. Mas neste dia 1º de fevereiro do Ano da Graça de 2002, quero apenas lhe dar os parabéns pelo seu aniversário. Desejar muitos e muitos anos de vida, para que, quando estivermos com o boi na sombra, voltemos a tomar o nosso vinho - agora importado, claro, Sangue de Boi só funcionava quando éramos "guerreiros" - e continuemos a falar de coisas triviais, essas banalidades essenciais que é o que vamos levar deste mundo. Um beijo, amigo! Feliz aniversário!!! PS - Beijão pra Sassá.





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